A
propaganda é a alma do con$umo
Modalidade
de ensino: Educação de jovens e adultos
Ciclo:
IV (8º e 9º ano)
Disciplina:
Abordagem interdisciplinar envolvendo: Geografia, Português e Matemática.
1. INICIANDO O TEMA...
De
acordo com a explanação da LDB de 1996, sobre a educação de Jovens e adultos,
no artigo 37, inciso 1º, esclarece que:
Os sistemas de
ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam
efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas,
consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida
e de trabalho, mediante cursos e exames. (LDB, 1996)
Partindo
do que está proposto na LDB, nos preocupamos em construir um plano de aula em
que fosse utilizado com base na realidade dos alunos da EJA (Educação de jovens
e adultos). Por essa razão, escolhemos como tema: O consumo. Que está dentro dos temas transversais. Pelo o fato de
que nossos alunos são em sua grande maioria trabalhadores, e este tema
permanece diretamente relacionado com a realidade dos mesmos.
Já
que escolhemos a educação de jovens e adultos, trabalharemos com os ciclos de
aprendizagem, que é dividido em 2, 3 ou 4 anos. Os ciclos se contrapõem ao
ensino graduado (dividido em séries), argumentando-se que no modelo de escola
graduada existe os fatores de reprovação, evasão escolar e distorção de
idade-série. Os ciclos respeitam o ritmo e o tempo cognitivo de aprendizagem do
aluno, haja vista que são contra a reprovação, mas o aluno que não tiver bom
desempenho será retido no final do último ciclo.
A organização da escola em ciclos, é vista também
pelos Parâmetros Curriculares Nacionais como uma forma de superar a segmentação
produzida pelo regime seriado. Assim, a seriação deu lugar ao ciclo básico,
tendo como objetivo favorecer maiores oportunidades de escolarização voltada
para a alfabetização das crianças.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais adotam essa
forma de estruturação por ciclos, devido ao:
“reconhecimento de que tal proposta permite
compensar a pressão do tempo que é inerente à instituição escolar, tornando
possível distribuir os conteúdos de forma mais adequada à natureza do processo
de aprendizagem. Além disso, favorece uma apresentação menos parcelada do
conhecimento e possibilita as aproximações sucessivas necessárias para que os
alunos se apropriem dos complexos saberes que se intenciona transmitir”.
(Parâmetros Curriculares Nacionais,1997)
Desta forma, os Parâmetros Curriculares Nacionais estão organizados em
ciclos de dois anos, o primeiro ciclo refere-se à primeira e segunda série; o
segundo, à terceira e à quarta série; e assim subseqüentemente para as outras
séries.
Contudo, buscamos um
tema que pudesse contribuir e influenciar na realidade dos educandos
trabalhadores, este conteúdo está presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais tratando-se do “Consumo” nos temas transversais,
da Unidade “Trabalho e Consumo”, no subtópico “Consumo, Meios de Comunicação de Massas, Publicidade e Vendas”,
abordando elementos importantes do sistema produção-consumo na atualidade, como
os meios de comunicação de massas, a publicidade e as diferentes técnicas de
vendas.
A partir da discussão sobre os meios de comunicação,
a publicidade criando necessidades e divulgando novos padrões de consumo e
comportamento, surge nos PCNs a necessidade de refletir sobre a relação entre
os meios de comunicação, publicidade, economia e política. A fim de conhecer
como se organiza o processo de produção, criação, distribuição da informação,
assim como a crescente indústria cultural, possibilitando-nos uma maior
reflexão acerca do tema, e de como este pode contribuir no cotidiano dos alunos
(as), ocasionando reflexos positivos como: um olhar crítico diante das
propagandas, o consumo de produtos
essenciais e/ou necessários e a administração coerente do salário.
2.
OBJETIVO GERAL:
Contribuir para a
construção de um pensamento crítico nos educandos, a fim de proporcionar-lhes
uma conscientização em relação aos malefícios e/ou benefícios do consumismo em
suas próprias vidas.
3.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Refletir sobre os
aspectos relativos ao consumo tão presentes em nosso cotidiano, incentivando os
educandos a construírem suas próprias concepções sobre temas tais como:
dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas.
Promover uma reflexão
acerca das relações entre o homem e o produto, fazendo uma retrospectiva
histórica das primeiras produções industriais, percebendo os principais reflexos
do consumismo na vida humana.
Discutir as influências
das propagandas televisivas ou visuais em nosso cotidiano.
Ampliar o vocabulário
dos alunos (as), incentivando-os a escrever uma redação, além de criar uma
propaganda
Estimular nos alunos um
consumismo consciente, partindo de suas reais necessidades diárias.
4. CONTEÚDOS
TRABALHADOS:
Os conteúdos que adotamos neste plano de
aula, foram organizados da seguinte maneira: conceituais, uma vez que tentaremos construir uma concepção
coletiva sobre os temas: Consumo e Consumismo, procedimentais e atitudinais
5. PROCEDIMENTOS DE
ENSINO:
1º
MOMENTO: Organizando a turma em círculo, o professor abre uma
conversa informal com os alunos, discutindo as imagens e as questões propostas
no capítulo 2, da unidade 1 do livro: Educação de Jovens e adultos, da coleção
tempo de aprender
2º MOMENTO: Utilizando a
técnica Phillips 66, iremos
construir coletivamente um texto a partir de temas geradores (tais como:
dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas), convergindo no tema central
que será: As Concepções de Consumo. aspectos positivos e negativos deste.
3º MOMENTO: Apresentação do
filme: Histórias das coisas.
4º MOMENTO:
Apresentação das propagandas.
5º MOMENTO: Conclusão da
construção coletiva do texto.
6º MOMENTO:
É hora de comprar! (em grupo)
6.
RECURSOS:
- Fichas em cartolinas com as seguintes palavras: dinheiro, economia, trabalho, salário e dívidas
- Fichas com numerações (1, 2, 3, 4 e 5)
- Vídeo: A história das coisas.
- Propagandas diversas organizadas em Power Point.
- Imagens de produtos diversos.
- Placas indicando valores e serviços.
7.
AVALIAÇÃO:
Por
tratar-se de uma educação em ciclos, a nossa avaliação propõe analisar a
capacidade e o desempenho que os alunos (as) irão adquirir após o processo de
ensino-aprendizagem, bem como o trabalho pedagógico desenvolvido ao longo deste
percurso, não só por meio de uma abordagem quantitativa, mas sobretudo
qualitativa, caracterizando-a como avaliação
formativa, ou seja, aquela cujo propósito centra-se numa função “mediadora,
emancipatória, dialógica, integradora, democrática, participativa etc” (BOAS,
2001).
Nesta
perspectiva, os aspectos avaliativos serão considerados em sua conjuntura, na
medida em que os conceitos de cada momento serão analisados em sua totalidade,
desvinculando-se de uma abordagem tradicional, ou uma avaliação meramente
somativa. Sendo assim, consideramos quatro aspectos formativos, são eles: interesse, participação, assiduidade e
pontualidade.
Partindo destas
considerações, não pontuaremos cada atividade individualmente, pois todas terão
um acompanhamento contínuo, no qual professor e aluno são agentes igualmente
determinantes neste processo.
Desta maneira, a
avaliação será orientada e pontuada da seguinte forma:
1)
As duas aulas irão totalizar 5 pontos, no entanto, esta pontuação não terá um
caráter classificatório ou excludente, haja vista que para alcançá-la os
educandos (as) serão gradativamente orientados, além de estarem cientes do
objetivo da aula, de tal modo que os erros servirão como estímulos para que
possam avançar. Os outros 5 pontos serão decorrentes de uma auto-avaliação
promovida pelos alunos (as).
Valendo
salientar ainda, que por ser uma abordagem interdisciplinar, os aspectos
centrais das disciplinas serão norteados por três pontos básicos:
- GEOGRAFIA: Capacidade
que os alunos (as) terão de diferenciar consumo e consumismo.
- PORTUGUÊS: Resposta
adequada em relação ao tema proposto, e coerência textual.
- MATEMÁTICA: Manusear
a quantidade de dinheiro corretamente.
2)
AVALIAÇÃO INICIAL:
Todo
o processo avaliativo das atividades propostas estará em consonância com quatro
aspectos, os quais totalizaram 5 pontos:
1º
aspecto: O professor como agente observador, em
consequência disto, anotará as concepções de consumo e consumismo proferidas pelos
educandos no primeiro momento da aula. Estas anotações servirão como critério
avaliativo dos conhecimentos prévios
dos educandos.
2º
aspecto: O Interesse dos educandos no momento em
que estiverem construindo os conceitos. Após a conclusão destes, cada grupo ao
término da primeira aula, irá recebê-los com as devidas sugestões, para que
possam qualificá-los, caracterizando assim, este momento como um feedback, “um guia, uma orientação dos
caminhos, que deverá seguir para continuar sua trajetória na construção do
conhecimento. Deve, ainda, orientar os alunos e ajudá-los a ultrapassarem as
suas eventuais dificuldades, por meio da ativação de seus processos cognitivos
e metacognitivos” (RODRIGUES, 2008)
3º
aspecto: A Participação
dos educandos na construção final do texto coletivo, lembrando que neste
momento os erros ortográficos ou as elaborações errôneas das respostas, serão
considerados como critério avaliativo, pois os mesmos já estarão com seus
conceitos atualizados.
4º
aspecto: A Interação dos
grupos no momento em que estiverem utilizando o salário, para comprar o que
acharem essencial, necessário ou supérfluo, associando estas questões as
escolhas corretas dos produtos, bem como o uso adequado do salário, tendo em
vista que os educandos já compreendem a diferença entre consumo e consumismo.
3)
AVALIAÇÃO FINAL:
Nesta etapa os educandos
irão vivenciar o momento da auto-avaliação, a qual totalizará o restante da
pontuação, ou seja, 5 pontos.
- COMPETÊNCIAS
TRANSVERSAIS:
EMPENHO
|
Fui
sempre muito empenhado nas tarefas (0,5);
Nem sempre
fui empenhado nas tarefas (0,2);
Nunca
fui empenhado nas tarefas (0).
|
|
SOLIDARIEDADE
|
Fui
sempre solidário (0,5);
Fui
solidário às vezes (0,2);
Nunca
fui solidário (0)
|
|
RESPEITAR
A OPINIÃO DOS OUTROS
|
Respeitei
sempre a opinião dos outros (0,5);
Nem
sempre respeitei a opinião dos outros (0,2);
Nunca
respeitei a opinião dos outros (0).
|
|
PARTICIPAÇÃO
|
Participei
ativamente nos trabalhos de grupo (0,5);
Participei
em alguns trabalhos de grupo (0,2);
Não
participei nos trabalhos de grupo (0).
|
|
SUPERAÇÂO
DAS
DIFICULDADES
|
Superei
sempre as minhas dificuldades (0,5);
Nem
sempre superei as minhas dificuldades (0,2);
Nunca
superei as minhas dificuldades (0).
|
-
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
PARTICIPAÇÃO
ESCRITA
|
Escrevi
sempre com correção e clareza (1,5);
Frequentemente
escrevi com correção e clareza (1);
Nem
sempre escrevi com correção (0,5);
Nunca
escrevi (0)
|
|
TRABALHO
DE GRUPO
|
Fui
sempre dinâmico e correto (1);
Estive
atento e fui correto (0,5);
Fui
desordenado e, por vezes, inadequado (0,2);
A minha
participação foi prejudicial para o trabalho (0).
|
http://www.prof2000.pt/users/folhalcino/formar/outros/autoavalia.htm
(Algumas alterações foram feitas)
8.
TEMPO PREVISTO:
ETAPAS
|
TEMPO
|
1º Momento
|
|
2º Momento
|
|
3º Momento
|
|
4º Momento
|
|
5º Momento
|
.
|
REFERÊNCIAS
BOAS, Benigna Maria de Freitas Villas. A Avaliação Formativa: Em busca do Desenvolvimento do aluno, do professor e da escola. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; FONSECA, Marília. As Dimensões do Projeto político Pedagógico. Editora: Papirus, Campinas/SP, 2001.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF. 1997.
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LEI No. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O. U. de 23 de dezembro de 1996.
RODRIGUES, Edlene do Socorro Teixeira. Aprendizagens através da avaliação formativa, 2008. Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/artigos/avaliacaoformativa/index.php?pagina=0
Acessado em: 13 de Junho de 2011
Trabalho feitos pelo o grupo: Camila
Almeida de Araújo, Diana Dayse do Nascimento Souza, Edna Maria Amâncio, Rayssa
Maria Tibúrcio de Brito e Simone Soares Mamede
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